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Pirâmide do conhecimento – Sabe como aprender mais e melhor?

Atualizado: 28 de jun. de 2021



Certamente em algum momento da sua fase escolar, você ouviu a expressão “quem não cola, não sai da escola”. Ela possui um fundamento cientifico por detrás, explicitada pelo Psiquiatra Norte Americano Willian Glasser, no seu livro Teoria da Escolha, onde apresenta na famosa pirâmide da aprendizagem, a capacidade de retenção de conteúdo do cérebro humano em diferentes ações. Sim, quando fazemos e quando ensinamos os outros, essa retenção assume sua máxima potencialidade. Podemos recordar de Einstein, em uma de suas emblemáticas frases “se você não consegue explicar algo para uma criança de 6 anos, é porque você também não entendeu”. Para finalizar esse contexto, não podemos deixar de mencionar Peter Drucker, Pai da Administração, onde posiciona o conhecimento como principal ativo de uma organização em seu livro Gestão do Conhecimento. Já deu para perceber que falaremos sobre construir, disseminar, reter e utilizar o conhecimento como vantagem competitiva nos negócios, na era moderna da digitalização e uma infinita quantidade de informação pulverizada dentro e fora das organizações.




Construção e retenção do conhecimento no cérebro humano



Pirâmide do Conhecimento - William Glasser
Pirâmide do Conhecimento - William Glasser

10% quando LEMOS – o simples fato de ler e não interagir com o conteúdo reduz sua retenção. Interessante que basta olharmos para nosso cotidiano, como o envolvimento nas redes sociais, que notadamente percebemos essa realidade. Quantas postagens você já leu hoje? Quantas você lembra do conteúdo? Agora, se você comentou e interagiu com algum conteúdo, e não precisa ser recente, você recorda do assunto, do autor e principalmente, qual opinião você criou e reteve sobre o assunto que você interagiu, não é mesmo?


20% quando OUVIMOS – sim, um exemplo disso é a ascensão crescente dos podcasts como ferramenta de disseminação de conteúdo. Mas perceba que novas funcionalidades vêm surgindo e “viralizado”, pois a retenção do conhecimento tem aumentado. Exemplo recente é o clubhouse que inovou ao criar salas para interação dos participantes. Certamente você lembrará por muito mais tempo de um podcast o qual você participou ativamente, frente aquele que de forma passiva, apenas ouviu e por ventura a sua atenção não estava exclusiva no conteúdo em tela.


30% quando OBSERVAMOS – neste caso, nunca a expressão “uma imagem vale mais que mil palavras” fez tanto sentido. Ou mesmo, desde a infância escutamos “faça o que eu digo e não faça o que eu faço”. Sim, essa expressão pode ser amplamente utilizada, neste caso, desde a infância seguimos os exemplos de nossos “gurus”, nossas referências na construção da personalidade. Logo, tudo aquilo que nossos pais falavam sempre foi mero discurso, o exemplo de suas ações nos ensinou e marcou muito mais em nossas vidas. O mesmo serve no ambiente e cultura organizacional das empresas, os cargos de liderança precisam estar atentos a isso.


50% quando VEMOS e OUVIMOS – seja no ambiente de sala de aula, no cotidiano ou no ambiente organizacional, unir estas duas ações potencializam a retenção do aprendizado, mesmo que de forma passiva. Mas lembrando, o cérebro possui limitações de tempo na capacidade de atenção, o que têm revolucionado o processo de ensino. A metodologia da Khan Academy é um exemplo disso, onde o fundador Salman Khan é um visionário e grande crítico dos modelos tradicionais de ensino, com aulas de 50 minutos, enquanto a capacidade de atenção dos alunos oscila entre 10 e 18 minutos. Portanto, atenção a isso quando definir qual curso comprar, qual modelo de treinamento adotar dentro da sua empresa, e muito mais.


70% quando DISCUTIMOS com outros – aqui entramos no chamado aprendizado ativo. Você sai da “mesmice” de apenas ver e ouvir e passa a interagir, através do diálogo, questionamentos, debates etc. Quantas vezes você levantou a mão na sala de aula, em algum evento, em uma sessão de treinamento da empresa? Basta refletirmos nesse questionamento e rapidamente percebemos essa constatação, pois certamente essa interação lhe fez assimilar e reter o aprendizado obtido nesta interação.


80% quando FAZEMOS – vou usar este conteúdo como exemplo. Por muitas vezes e por muito tempo, li e ouvi falar da pirâmide de William Glasser, mas pela primeira vez escrevi sobre ela. Os exemplos e o conteúdo genuíno apresentado a você leitor, posso afirmar sem medo de errar, me fizeram entender, aprofundar e reter o conhecimento sobre o tema. Mas lembra quando falei na introdução sobre colar na escola? Pois bem, agora vamos refletir sobre o processo de “criação da cola”. Sim, isso mesmo, não me refiro a colar de outro colega durante alguma avaliação, mas sim sobre o dia que antecede a esta avaliação, quando em algum momento da nossa vida, paramos e revisamos o conteúdo criando um material (cola) para uma possível consulta durante a avaliação e distração de quem aplicava a avaliação. Lembro desse processo? Agora reflita sobre a “necessidade” de consultar esse material preparado por você. Raramente ou mesmo em nenhuma oportunidade, a “cola” foi consultada. Claro, você quem produziu, sabia exatamente o que constava no “documento” e não precisou efetivamente dele durante a avaliação, você conseguiu reter o aprendizado.


95% quando ENSINAMOS os outros – não á toa chamamos nossos professores eternamente de nossos mestres, gurus da nossa jornada profissional. O profissional do ensino em sua ampla maioria, é uma verdadeira enciclopédia humana, pois ao ensinar ele assume o protagonismo ativo de construção e retenção do conhecimento. Atentos a isso, muitos líderes têm adotado diferentes estratégias e tecnologias para disseminar, compartilhar e reter o conhecimento nas organizações. Em outro artigo aprofundamos o tema sobre o que é conhecimento tácito e conhecimento explícito. Um pouco sobre teoria e prática, quando bem estimulados e compartilhados, aumentam a competitividade das organizações. Hora de refletir se contratar um palestrante rico em conteúdo trará fortes alterações na minha empresa ou se um profissional que estimule a cultura organizacional e repassa aos colaboradores a missão de ensinarem uns aos outros, terá maior valia.


Em plena era da transformação digital, o Brasil ainda assume papel coadjuvante no investimento em Treinamento e Desenvolvimento, seja em ambiente organizacional público ou privado. Segundo a ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento), em estudo realizado em 2021, o brasileiro investe em média apenas R$ 997,00 ao ano em T&D, por colaborador ao ano. No setor do comércio e da administração pública, esse valor é ainda mais preocupante, visto que a indústria é quem eleva o valor médio. A palavra chave a ser usada aqui quando se fala em conhecimento, deve ser “CONTINUIDADE”. Aprender, ensinar e se relacionar deve ser uma ação constante na vida das pessoas, para ganharem COMPETITIVIDADE. Estamos na era do Big Data e do mercado Globalizado, transformar essa infinidade de dados em informação estruturada, absorver em forma de conhecimento e agir de forma assertiva, construindo a sabedoria como diferencial competitivo é o grande desafio do século.


Se este conteúdo fez sentido para você, e ainda não participa de um grupo de inovação aberta ou comunidade do conhecimento, venha conosco construir sabedoria. Preencha o formulário no link entraremos em contato. Queremos aprender com você, construir relações e oportunidades juntos.


Você também pode conhecer uma das nossas iniciativas - UP University, uma plataforma democrática onde você pode aprender, ensinar, empreender e se relacionar. #vamosjuntosdeverdade #comunidadedoconhecimento #qualificação #qualificaçãoemturismo


Por Frederico Costa, Head of Innovation - Up Soluções.





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